HERDADO DOS ÍNDIOS, O CONSUMO de farinha d’água na região Norte ainda se mostra muito presente – é comum colocar uma tigelinha à mesa, durante as refeições. De textura grossa, com grãos resistentes, o produto é obtido a partir da mandioca descascada, deixada de molho na água para fermentar e amolecer (pubar), então tostada e peneirada. Seca, crocante e ácida, entra em bolos, bolinhos, cuscuz e pirão. Também pode acompanhar carnes, peixes, cozidos, moquecas e açaí. Criada em 2007 para valorizar a agricultura familiar sustentável, a ONG Instituto Maniva incentiva a fabricação e a comercialização da farinha de mandioca d’água no município de Bragança, no Pará. Outra tradição indígena aparece na embalagem do produto: cestos trançados de cipó e palha, criados para transportar e conservar o alimento.