NOVA é a sigla de uma classificação recém-criada pela Universidade de São Paulo para catalogar alimentos de acordo com seu grau de processamento. Desenvolvido pelo epidemiologista Carlos Monteiro, da faculdade de Saúde Pública (FSP/USP), o projeto tem como objetivo ajudar a entender de que forma doenças como obesidade, diabetes e câncer continuam aumentando, apesar da maior consciência das pessoas a respeito dos males causados por açúcar, gorduras e sal.

Na prática, o estudo, tocado por uma equipe multidisciplinar de médicos, nutricionistas e profissionais ligados à alimentação, vai monitorar 200 mil adultos voluntários, por dez anos, por meio de um aplicativo de celular. Ao longo do dia, cada pessoa receberá alertas para descrever o que tem ingerido.  

No aplicativo, as comidas serão divididas em Alimentos In Natura ou Minimamente Processados (ingredientes frescos como hortaliças, verduras e frutas, além de carnes, leite, arroz, feijão); Ingredientes Culinários Processados (óleo, azeite, manteiga, sal, açúcar, vinagre); Processados (aqueles de base natural que passam pela indústria, como queijo, compotas e pães); e Ultraprocessados (como embutidos, barras de cereais, matinais, congelados e instantâneos).

Segundo Monteiro, a primeira métrica estará disponível em dois anos e já dará indícios de quais doenças crônicas podem ter relação com a ingestão de alimentos mais ou menos processados.

Faculdade de Saúde Pública da USP

www.fsp.usp.br