Saccharum officinarum

MARTIM AFONSO DE SOUSA, MILITAR PORTUGUÊS que chegou ao Brasil no comando de uma expedição colonizadora, deixou um legado muito maior ao país além da fundação da primeira vila oficialmente estabelecida por aqui – São Vicente, em 1532, no atual estado de São Paulo. Foi ele, também, quem trouxe a cana-de-açúcar para cá. Desde então, a planta desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico da nação. Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil é, hoje, o maior produtor mundial de cana, cultivada principalmente em São Paulo, no Paraná, no Triângulo Mineiro e na Zona da Mata nordestina, e ainda responde por metade do açúcar comercializado no mundo. A atividade em torno dos canaviais e do processamento do caldo da planta foi muito intensa até o advento das usinas de açúcar e álcool, já no século XX. Em muitos lugares do Nordeste – alguns poucos em funcionamento até hoje –, a sociedade girava em torno dos engenhos, responsáveis pela produção tanto da cana quanto de seus derivados: açúcar, cachaça, rapadura e melado. Em estados como Ceará e Pernambuco, ainda é possível encontrar uma pequena quantidade de engenhos ativos e acompanhar a fabricação de cachaça e rapadura.